Tão agreste, por vezes... parece impossível de amar,
envolta em ciúmes, cuidado! É deixá-la em paz,
pois ela nem sempre deixa o homem brincar
e de cabeça baralhada pela traição, nem sabe o que faz
Ah, mulher latina, mulher latina,
ama sempre, mas quando desatina!
Mas é a mais pura e sincera, a mais linda e mais bela,
vê ao longe, de muito longe, sabe sempre encontrar o amor,
seja em Itália, Espanha, Portugal ou qualquer terra,
é agreste, mas tolera, até é capaz de afogar sua dor
Ah, mulher latina, mulher latina,
ama sempre, mas quando desatina!
Corre mundo, mostra elegância e é muito fina,
tem um defeito, para com o homem: não se deixa calcar,
esteja no Brasil, no Chile ou na Argentina,
mostra sempre seu lindo corpo, lindos olhos, lindo andar...
Ah, mulher latina, mulher latina,
ama sempre, mas quando desatina!
David Santos
sexta-feira, dezembro 15, 2006
quinta-feira, dezembro 07, 2006
sexta-feira, novembro 24, 2006
PIANINHO DO MAR
Os ventos, pianinhos, do Mar,
são tão pianinhos, que quase me enlouquecem,
com aquela brisa, como que um pianinho, ao teclar,
mostram-me a linda terra que as àguas humedecem
Tão doce! Tão suave! Tão lindo e bom!
Ondas, amor, saudade, que os ventos vagamente sopram,
com o som do pianinho a ajudar, tudo de bom nos entra no coração;
mas é assim, que as coisas mais salutares que cá dentro temos, de nós brotam
Ah, pianinho do Mar, que com a leveza da brisa, o teu som a espalhar,
fico sem saber onde a minha boa loucura irá terminar.
Que serenidade! Que bondade! Que suavidade! Que lindeza!
Ah, Mar, mais parece um pianinho tocando com toda a sua beleza,
os ventos leves, a darem-te maior grandeza
e o som do pianinho, dando-me alento, afastando-me da rudeza
david santos
são tão pianinhos, que quase me enlouquecem,
com aquela brisa, como que um pianinho, ao teclar,
mostram-me a linda terra que as àguas humedecem
Tão doce! Tão suave! Tão lindo e bom!
Ondas, amor, saudade, que os ventos vagamente sopram,
com o som do pianinho a ajudar, tudo de bom nos entra no coração;
mas é assim, que as coisas mais salutares que cá dentro temos, de nós brotam
Ah, pianinho do Mar, que com a leveza da brisa, o teu som a espalhar,
fico sem saber onde a minha boa loucura irá terminar.
Que serenidade! Que bondade! Que suavidade! Que lindeza!
Ah, Mar, mais parece um pianinho tocando com toda a sua beleza,
os ventos leves, a darem-te maior grandeza
e o som do pianinho, dando-me alento, afastando-me da rudeza
david santos
quinta-feira, novembro 16, 2006
PENSAR NO ANTES
Estás tão ausente, tão longe, tão perdidamente,
o que tens, meu amor!?
- Saudade!
Porquê!? Te veio isso agora à mente?
- Tudo passou como o descer de um corredor.
Lá isso é verdade!
- Cantar, já não canto. Escrever, muito pouco...
É esta a vida. Temos que encará-la,
vivê-la até que fique apagada.
- Como foi tão bom, o nosso mundo louco.
Mas a vida que passou não há como recurá-la,
vamos viver a que nos resta, recordando a passada.
Não penses mais nisso, amor!
- Ah penso, penso! Até fico encrespada!...
Mas é esta a nossa realidade, nua e crua,
não lembres mais, não queiras dor.
- Ah lembro, se lembro! Tu todo janota e eu decotada!
Paciência! Foi e é esta, a minha vida e a tua.
david-santos
o que tens, meu amor!?
- Saudade!
Porquê!? Te veio isso agora à mente?
- Tudo passou como o descer de um corredor.
Lá isso é verdade!
- Cantar, já não canto. Escrever, muito pouco...
É esta a vida. Temos que encará-la,
vivê-la até que fique apagada.
- Como foi tão bom, o nosso mundo louco.
Mas a vida que passou não há como recurá-la,
vamos viver a que nos resta, recordando a passada.
Não penses mais nisso, amor!
- Ah penso, penso! Até fico encrespada!...
Mas é esta a nossa realidade, nua e crua,
não lembres mais, não queiras dor.
- Ah lembro, se lembro! Tu todo janota e eu decotada!
Paciência! Foi e é esta, a minha vida e a tua.
david-santos
quinta-feira, novembro 09, 2006
MÃES DAS PRAIAS
Volta do mar, pescador.
Há na terra um lugar,
onde te quero guardar,
meu amor!
A pesca que não encontras,
não está nesse lugar,
pescador. Não há no mar,
não percas tempo, não faças contas.
Com três filhos por criar,
volta para mim, vem a terra,
não me deixes nesta guerra,
pescador, volta do mar.
São nossos. Do nosso amor.
Vem. Volta para ficar,
algum rumo lhes vamos dar,
volta do mar, Pescador.
david-santos in ondas do mar
Há na terra um lugar,
onde te quero guardar,
meu amor!
A pesca que não encontras,
não está nesse lugar,
pescador. Não há no mar,
não percas tempo, não faças contas.
Com três filhos por criar,
volta para mim, vem a terra,
não me deixes nesta guerra,
pescador, volta do mar.
São nossos. Do nosso amor.
Vem. Volta para ficar,
algum rumo lhes vamos dar,
volta do mar, Pescador.
david-santos in ondas do mar
quarta-feira, novembro 08, 2006
ELES VOLTARÃO?
Lamentar algum pecado
a alguém que se feriu
será chorar o passado
de muito que não morreu
Chorai mães iraquianas
filhos caídos por terra
são tão meigas e humanas
mas não entendem a guerra
Chorai mães espanholas
os vossos filhos caídos
à sombra de cobardolas
bem dentro dela escondidos
david-santos
a alguém que se feriu
será chorar o passado
de muito que não morreu
Chorai mães iraquianas
filhos caídos por terra
são tão meigas e humanas
mas não entendem a guerra
Chorai mães espanholas
os vossos filhos caídos
à sombra de cobardolas
bem dentro dela escondidos
david-santos
terça-feira, novembro 07, 2006
VER, MAS SENTIR!
Se os meus olhos não vissem, comecem,
barriga não lhes faltava;
como não comem, mas vêem,
têm vida desgraçada;
choram, choram, de tanto ver,
que já pediram cegueira;
tanta criança a sofrer:
Adultos? - só asneira!
david-santos
barriga não lhes faltava;
como não comem, mas vêem,
têm vida desgraçada;
choram, choram, de tanto ver,
que já pediram cegueira;
tanta criança a sofrer:
Adultos? - só asneira!
david-santos
segunda-feira, novembro 06, 2006
O MEU MALDITO AMOR
Maldito amor! Porque te quis!?
Não te tivesse eu posto no meu rol,
via a telenovela e ia ao futebol,
chamava filho duma cabra ao árbitro e era feliz.
david santos
Não te tivesse eu posto no meu rol,
via a telenovela e ia ao futebol,
chamava filho duma cabra ao árbitro e era feliz.
david santos
domingo, novembro 05, 2006
SE AO MENOS EU NÃO VISSE!
Tanta guerra, tanta guerra;
tanta guerra, tanta morte...
São todos da mesma terra,
mas sem ter a mesma sorte!
david-santos
tanta guerra, tanta morte...
São todos da mesma terra,
mas sem ter a mesma sorte!
david-santos
sexta-feira, novembro 03, 2006
SÓ TU!
Só tu morte, só tu. Só tu nos fazes pensar, refectir, chorar, perdoar e amar. Pensar em tudo que poderíamos ser, mas não somos. Reflectir no que somos, mas tentamos esconder. Chorar por aqueles que nos deixaram e jamais voltamos a ver. Perdoar a quem jamais demos o nosso perdão. Amar sem sentir que esse amor alguma vez existiu.
Só tu morte só tu!
Só tu morte só tu!
sexta-feira, outubro 27, 2006
PAI DOS PAIS
Não queres ir à escola!?
Por que não?
Eu sei, meu neto.
O teu pai não presta,
A tua mãe também não;
Contigo, ninguém foi correto.
Que mundo tão imundo!
Que podridão!
Tens-me a mim, meu neto!
Eu sei, sou o segundo,
Embora me tenhas no coração;
O que te fizeram não está certo.
Sim, meu neto!
Fui eu...
Hoje não cantas, não ris, não queres sair
Nem brincar;
Só queres sofrer,
Não fui correto.
Que falhanço, o meu!
Hoje, só tu não queres existir nem passear;
Podes me condenar,
Fui eu que te deixei morrer,
Não fizesse o teu pai nem a tua mãe,
Ninguém, sei, lá!
Sofrer não sofrias, isso, sei eu!
Mas gosto muito de ti;
Não te quero ver sofrer.
Contudo, digo-te: o que eu fiz foi por bem;
Só tu me conservas cá.
És tudo o que tenho de meu;
Quero-te ver por aqui,
Mas fui eu que te deixei morrer!
Que pecado, meu Deus, eu fiz!
Sem querer!? Não. Não sei!
Meu neto!
Sem pai nem mãe,
Abandonado, a sofrer...
Sinceramente, eu não quis,
Mas nunca me perdoarei;
Meu amor! Comigo, conta. Eu sou certo.
Eu sei. O que queres, o avô não tem...
Meu neto! Eu não te vou deixar morrer!
Ah! Se eu não tivesse nascido ou já tivesse morrido;
Não chegavas a nascer...
Não estaria arrependido e nem te via dorido,
Mas quero-te ver viver.
Eu sei. Sei as estórias que te puseram no pensamento...
São quase todas iguais,
Mas esse teu sofrimento, tão doloroso e lento;
É mais triste e birrento, do que o do pai dos pais.
Só tu confirmas que já andei por aqui;
Faz com humildade e bondade, a minha continuação,
Conta comigo, estou sempre abraçado a ti,
Mas pelo mal que te causei, aceita o meu perdão!
A loucura deles, mesmo que passageira;
Te garanto: é traiçoeira!
Os mimos que te deram, não darão mais;
Um dia, à tua maneira,
Olhando-os sem brincadeira,
Vem-te a interrogação: serão estes, os meus pais?
Ah! Ah, como gostava que nada fosse realidade
E tudo fosse um capricho que não trouxesse saudade.
david santos
Por que não?
Eu sei, meu neto.
O teu pai não presta,
A tua mãe também não;
Contigo, ninguém foi correto.
Que mundo tão imundo!
Que podridão!
Tens-me a mim, meu neto!
Eu sei, sou o segundo,
Embora me tenhas no coração;
O que te fizeram não está certo.
Sim, meu neto!
Fui eu...
Hoje não cantas, não ris, não queres sair
Nem brincar;
Só queres sofrer,
Não fui correto.
Que falhanço, o meu!
Hoje, só tu não queres existir nem passear;
Podes me condenar,
Fui eu que te deixei morrer,
Não fizesse o teu pai nem a tua mãe,
Ninguém, sei, lá!
Sofrer não sofrias, isso, sei eu!
Mas gosto muito de ti;
Não te quero ver sofrer.
Contudo, digo-te: o que eu fiz foi por bem;
Só tu me conservas cá.
És tudo o que tenho de meu;
Quero-te ver por aqui,
Mas fui eu que te deixei morrer!
Que pecado, meu Deus, eu fiz!
Sem querer!? Não. Não sei!
Meu neto!
Sem pai nem mãe,
Abandonado, a sofrer...
Sinceramente, eu não quis,
Mas nunca me perdoarei;
Meu amor! Comigo, conta. Eu sou certo.
Eu sei. O que queres, o avô não tem...
Meu neto! Eu não te vou deixar morrer!
Ah! Se eu não tivesse nascido ou já tivesse morrido;
Não chegavas a nascer...
Não estaria arrependido e nem te via dorido,
Mas quero-te ver viver.
Eu sei. Sei as estórias que te puseram no pensamento...
São quase todas iguais,
Mas esse teu sofrimento, tão doloroso e lento;
É mais triste e birrento, do que o do pai dos pais.
Só tu confirmas que já andei por aqui;
Faz com humildade e bondade, a minha continuação,
Conta comigo, estou sempre abraçado a ti,
Mas pelo mal que te causei, aceita o meu perdão!
A loucura deles, mesmo que passageira;
Te garanto: é traiçoeira!
Os mimos que te deram, não darão mais;
Um dia, à tua maneira,
Olhando-os sem brincadeira,
Vem-te a interrogação: serão estes, os meus pais?
Ah! Ah, como gostava que nada fosse realidade
E tudo fosse um capricho que não trouxesse saudade.
david santos
quinta-feira, outubro 05, 2006
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